Influencer sem contrato com agência: quem responde por problema com marca?

Você posta, engaja, entrega — e, no fim, é você quem leva o processo.


No mercado da influência, uma campanha pode impulsionar sua carreira… ou virar um pesadelo jurídico se os bastidores não estiverem bem amarrados. A marca diz que você feriu uma cláusula que nunca viu. A agência jura que te avisou, mas não tem nada assinado. Quando não há contrato com a agência que te representa, a pergunta que surge é: quem segura a bronca quando a marca reclama?


Essa situação é mais comum do que parece. A realidade é que muitos influenciadores fecham parcerias por mensagem, com promessas verbais e nenhum papel assinado. E, nesse cenário, a confiança vira vulnerabilidade. Se a campanha gera uma crise — por uso indevido de marca, quebra de cláusulas contratuais ou descumprimento de prazos —, o peso recai sobre quem está visivelmente associado à ação: o próprio influencer. A agência pode alegar que só intermediu. A marca pode acionar judicialmente quem aparece na publicação. E você, sem contrato, fica exposto de todos os lados.

O contrato de representação com agência não é só uma formalidade — é uma blindagem. Ele delimita responsabilidades, define quem responde pelo quê e traz segurança sobre propriedade intelectual, direitos de imagem e até pagamentos. Sem isso, qualquer mal-entendido vira um campo minado. A palavra da agência não substitui cláusula assinada. E, em caso de conflito, provas documentais fazem toda a diferença. O Código Civil até reconhece contratos verbais, mas quando o prejuízo é alto, só um contrato formal consegue te resguardar de verdade.

Além disso, é importante saber: o uso de marcas comerciais sem autorização pode gerar ações por danos materiais e morais, conforme previsto na Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) e na Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98). Isso vale mesmo que tenha sido a agência a fornecer o material. Se você assina os conteúdos, assume também os riscos legais.

Por isso, o ideal é que todo influencer tenha um contrato de representação claro com sua agência, e revise cada termo de campanha com um olhar jurídico. Isso não engessa a sua produção, pelo contrário: te dá liberdade para crescer no digital sem medo. Se o problema já aconteceu, ainda é possível buscar assessoria jurídica para entender o cenário, negociar e evitar que a situação se repita.

Cuidar da sua carreira é mais do que produzir conteúdo: é proteger sua imagem, seu nome e o que você constrói todos os dias.

Fale com a gente no WhatsApp e entenda como podemos ajudar a proteger o seu nome e seu trabalho.

Como funciona o registro de marca para negócios do setor criativo?

Você pensou em cada detalhe: o nome, a identidade visual, o posicionamento da sua marca. Ela comunica com personalidade, traduz valores e tem potencial para crescer. No entanto, sem o registro no INPI, essa marca ainda está juridicamente vulnerável — e o risco de alguém se apropriar do que você criou é real.

Muitos agentes criativos acreditam que o processo de registro é burocrático, inacessível ou que só faz sentido para grandes empresas. No entanto, a verdade é que proteger sua marca desde o início é uma decisão estratégica que evita prejuízos, transmite profissionalismo e valoriza o seu negócio no mercado.

O que é registrar uma marca?

Registrar uma marca é garantir que você tenha o direito exclusivo de uso daquele nome, logotipo ou expressão visual, em todo o território nacional, dentro do seu segmento de atuação. No Brasil, o processo ocorre junto ao INPI — Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Sem o registro, qualquer pessoa pode, legalmente, pedir a titularidade do nome da sua marca. E se essa pessoa registrar antes de você, poderá inclusive te impedir de usar aquilo que você criou. Por isso, o registro é tão essencial.

O processo passo a passo

Embora cada caso exija uma análise estratégica, o processo básico segue estas etapas:

1. Pesquisa de anterioridade — Antes de tudo, é fundamental verificar se já existe alguma marca registrada igual ou semelhante à que você quer registrar. Essa análise vai além de uma simples busca no Google. É necessário conhecimento técnico para avaliar o risco de conflito no INPI.

2. Escolha da classe — As marcas são registradas conforme a atividade exercida. O INPI utiliza a Classificação de Nice para definir categorias (como roupas, produção audiovisual, serviços de design, entre outras). Escolher a classe errada pode invalidar ou limitar seu registro.

3. Protocolo do pedido — Com tudo definido, o pedido é protocolado no sistema do INPI, com os documentos e dados exigidos. A taxa de retribuição é gerada e precisa ser paga para que o processo avance.

4. Exame formal e publicação — Após a conferência inicial, o INPI publica o pedido na RPI (Revista da Propriedade Industrial), iniciando o prazo para eventuais oposições de terceiros.

5. Manifestação e exigências — Caso haja oposição ou exigência formal do INPI, é necessário apresentar defesa ou ajuste técnico, dentro do prazo legal.

6. Concessão e emissão do certificado — Se tudo estiver em conformidade, o INPI concede o registro e emite o certificado. A marca, então, passa a ter proteção legal por 10 anos, renováveis.

O que negócios criativos precisam considerar?

Negócios criativos têm particularidades que exigem atenção especial na hora do registro:

  • Em muitos casos, o nome da marca é também o nome artístico ou o projeto autoral de uma pessoa física.
  • Pode haver conflito com marcas registradas em segmentos próximos, como moda e conteúdo digital.
  • Marcas que envolvem nomes de pessoas, expressões regionais ou termos estrangeiros podem ter exigências extras.
  • Há situações em que o registro da marca deve ser feito em nome da pessoa física e, posteriormente, transferido para o CNPJ.

Por essas razões, a estratégia de registro para esse tipo de negócio deve ser pensada junto com um advogado especialista, que compreenda a linguagem e os desafios do setor criativo.

Por que o registro de marca deve ser feito com um advogado?

O processo de registro de marca exige análise técnica, estratégia jurídica e acompanhamento especializado. Um advogado com experiência em propriedade intelectual garante que cada etapa — desde a pesquisa de viabilidade até a concessão do certificado — seja realizada com segurança e eficiência. Mais do que protocolar um pedido, é necessário saber interpretar exigências do INPI, responder oposições, evitar colisões com marcas existentes e garantir que a marca esteja juridicamente blindada desde o início.

Além disso, o registro de marca precisa estar alinhado com a estrutura contratual do negócio: contrato social, licenciamento, colaborações e possíveis expansões. Portanto, fazer esse processo com suporte jurídico não é um luxo — é uma etapa essencial para proteger seu patrimônio intelectual e sustentar o crescimento do seu projeto.

Conclusão

Para negócios criativos, a marca é um ativo de valor estético, simbólico e comercial. Registrar é proteger o que você construiu com identidade e intenção. Mais do que isso, é abrir caminhos seguros para crescer.

Quer registrar sua marca com segurança e estratégia? O escritório Naila Trindade Advocacia é especializado em negócios criativos e oferece assessoria jurídica completa para proteger sua marca com o cuidado que ela merece. Fale com a gente pelo WhatsApp e comece seu processo hoje mesmo.

Como registrar minha marca sem ter CNPJ?

Você criou um nome forte, único, que traduz exatamente a essência do seu projeto criativo. Já tem Instagram, está no boca a boca, as pessoas começam a reconhecer. Mas aí bate a dúvida: “Será que preciso ter um CNPJ para registrar essa marca?”

Se essa pergunta já passou pela sua cabeça, saiba que você não está sozinho. Muitos criadores, artistas, empreendedores e autônomos seguram o registro da marca por acharem que precisam abrir empresa antes. Enquanto isso, o risco de outra pessoa registrar o nome que você criou — e usá-lo legalmente — só aumenta.

Preciso ter um CNPJ para registrar minha marca?

Não. Qualquer pessoa física pode registrar uma marca em seu nome, mesmo sem ter empresa aberta. Ou seja, se você é designer, artista visual, produtor cultural, influencer, artesão, ou qualquer outro profissional autônomo, você pode — e deve — proteger juridicamente a identidade do seu projeto.

Mas qual o problema de esperar para registrar depois que eu tiver um CNPJ?

Essa é a parte delicada. Quando você espera demais, abre espaço para que outra pessoa registre o nome antes de você — inclusive alguém que viu sua marca no Instagram, em eventos, em colaborações ou até entre conhecidos.

Sim, você pode perder o direito de usar o nome que criou, mesmo tendo pensado nele primeiro.

Agora imagine todo o investimento em identidade visual, domínio, estratégia de comunicação… indo por água abaixo porque outra pessoa “passou na frente” no INPI.

E se eu registrar em meu nome e depois abrir um CNPJ?

Ótima pergunta. Sim, é possível transferir a titularidade da marca para o seu futuro CNPJ depois. Um advogado pode te orientar para que o registro seja feito com isso em mente, evitando problemas na hora da transferência.

Ou seja, registrar em seu CPF não é um erro, é uma estratégia de proteção para quem está começando e ainda não formalizou a empresa.

Como funciona o processo de registro de marca para pessoa física?

O processo é praticamente o mesmo do que para pessoas jurídicas, mas exige atenção especial à documentação e à classificação da atividade. Alguns cuidados são fundamentais:

  • Definir corretamente os produtos e serviços ligados à marca
  • Comprovar o uso da marca na atividade exercida
  • Monitorar possíveis oposições ou exigências do INPI
  • Acompanhar o processo até a publicação da concessão

Além disso, é importante entender que o registro de marca não se resume a preencher um formulário no site do INPI. Trata-se de um processo técnico, com diversas etapas jurídicas e estratégicas. Um simples erro pode levar à negativa do pedido — ou criar brechas para que terceiros o contestem.

Deixar para depois pode sair muito mais caro

Quando você não registra, a sua marca fica juridicamente “no ar”. E caso outra pessoa a registre primeiro, você corre o risco de:

  • Ser impedido de usar o nome que já tornou conhecido
  • Ter que recomeçar do zero com uma nova identidade
  • Perder colaborações, contratos ou patrocínios por falta de regularização
  • Ser processado por uso indevido de marca registrada

Esses prejuízos podem ser evitados com uma assessoria jurídica especializada desde o início.

Registrar sua marca é mais do que segurança: é estratégia

Contar com um escritório especializado em propriedade intelectual garante que o seu pedido seja feito com clareza, estratégia e validade jurídica, considerando não só o momento atual, mas também o futuro do seu projeto criativo.

Além disso, um acompanhamento jurídico cuida de todas as etapas burocráticas, interpreta as decisões do INPI, responde exigências e protege sua criação com quem entende do seu universo.

Quer proteger sua marca com segurança?

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